Na ponta da faca

Na ponta da faca

O pensar sobre o que está em movimento
Por Érica Araium

 

A batalha das IAs amplia meus ais, Bard

Não vai dar tempo, Bard. Seremos moídos em menos de dois anos pelos modelos generativos - inteligências artificiais geradoras de dados a partir de dados existentes... Boa parte deles inclusos pelos próprios usuários - como você e eu.

Também por isso, a batalha de A.I.'s amplia meus ais a cada dia. Há pouco, acompanhei o Google I/O e ratifiquei, mentalmente, o que venho dizendo há alguns anos: todo comer somos nós quem desenhamos. "Seremos levados a" cada vez mais rápido na tomada de decisões... Alienados de nossos próprios desejos.

Isso porque, enquanto Google e seu Bard e a Microsoft e seu Chat GPT dominam todas as plataformas que usamos de forma recorrente e cotidiana, imaginamos (e apenas imaginamos) que fazemos escolhas ponderadas. A ponderação decorre muito mais do aprimoramento das inteligências externas - quase extesões de nós mesmos - que de nossas vontades de fato. Dependemos desses bots cada vez mais e, a despeito de todos os melhores conselhos, seria bem bom nos dispormos a não legar o pensamento crítico ao reducionismo de nossas versões ciborgues.

Diálogos Comestíveis, o livro

Diálogos Comestíveis - o livro - nasceu há cerca de um ano. Não fez estardalhaço e chegou sorrindo, feliz da vida, depois de uma gestação mais longa que o "normal", atravessada pela pandemia. Está à venda no site da Editora Dialética e nas principais plataformas. 

Quando todas os comércios e escolas cessaram seus encontros humanizados, a palavra quente encostou na minha tela fria. E ficou ali, atada a um nó de sentidos múltiplos que qualquer web semântica daria conta de descrever com um lindo grafo. Dois anos depois do processo final de escrita, eu precisava voltar a ter #MotivosParaDialogar

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Capa do livro Diálogos Comestíveis

Capa e contracapa Diálogos Coméstíveis

Relatório do IPCC alerta sobre a highway to hell

Imagine um organismo vivo em estado de colapso, com sérias dificuldades para respirar e febre alta. Ler o sexto informe do Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima (IPCC, na sigla em inglês) ao som “sessentão” de Peggy Lee, deveria até atenuar as coisas. Como se o planeta dissesse “I get a fever that's so hard to bear... Fever in the morning. Fever all through the night”. A trilha sonora, porém, soa fofa demais para o relatório catastrófico apresentado hoje (09/08/2021) pelo painel. “Climate Change 2021: The Physical Science Basis”, primeiro capítulo de três a serem divulgados até setembro, combina melhor com Highway To Hell, do AC/DC. “I'm on the highway to hell... No stop signs, speed limit.” A síntese está disponível neste site: AR6 Synthesis Report: Climate Change 2022 — IPCC.

Ele serve de alerta para os efeitos antrópicos desde a década de 1950 e assinala a antecipação dos revezes previstos por um comitê de 800 cientistas de todo o mundo: a elevação do nível dos mares, o derretimento de calotas polares e outros efeitos do aquecimento global podem ser irreversíveis durante séculos e são "inequivocamente" impulsionados por emissões de gases causadores do efeito estufa da atividade humana. Desde a era pré-industrial, o mundo esquentou 1,09 °C, sendo míseros 0,02°C atribuídos a causas naturais. “How dare you, human?”, como diria a ativista ambiental sueca Greta Thunberg.

 

Sushi à Dali (ou de tempos velozes e surreais)

A quantas anda a alta gastronomia em tempos tão surreais? Se Dali (sim, Salvador, o pintor) vivesse neste tempo, talvez pintasse com outros traços e cores “A Persistência da Memória”. Seria um registro de sua criatividade. À Dali, um sushi, por exemplo, “derreteria” ante o aquecimento global – o que permanece “fresco” no agora?

 

O novo normal é surreal? Foto: Carolina de Avilez. Produção e provocação: Diálogos Comestíveis. Série: O novo normal é surreal? 
O novo normal é surreal? Foto: Carolina de Avilez. Produção e provocação: Diálogos Comestíveis. Série: O novo normal é surreal? 

 

De Comer com os Olhos 5ª Edição

Chegamos à 5ª edição do Workshop "De Comer com os Olhos" determinados a fazer deste o delírio gastronômico mais legal de 2021 e da Foodpass. Inspirados pela "Década dos Oceanos" (2021-2030, ONU), queremos compartilhar um pouco do que sabemos sobre transformar ideias em arte e emoções, em design gastronômico. E trocar um pouco de experiências sobre como montar pratos incríveis que realmente contam uma história. Inscreva-se agora! 

enlightenedASSISTA NOSSA LIVE EM 17/03 às 19h30 no perfil de Juliano Albano | Food Stylist (@chefjulianoalbano) 

 

 

 

 

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