A batalha das IAs amplia meus ais, Bard

Não vai dar tempo, Bard. Seremos moídos em menos de dois anos pelos modelos generativos - inteligências artificiais geradoras de dados a partir de dados existentes... Boa parte deles inclusos pelos próprios usuários - como você e eu.

Também por isso, a batalha de A.I.'s amplia meus ais a cada dia. Há pouco, acompanhei o Google I/O e ratifiquei, mentalmente, o que venho dizendo há alguns anos: todo comer somos nós quem desenhamos. "Seremos levados a" cada vez mais rápido na tomada de decisões... Alienados de nossos próprios desejos.

Isso porque, enquanto Google e seu Bard e a Microsoft e seu Chat GPT dominam todas as plataformas que usamos de forma recorrente e cotidiana, imaginamos (e apenas imaginamos) que fazemos escolhas ponderadas. A ponderação decorre muito mais do aprimoramento das inteligências externas - quase extesões de nós mesmos - que de nossas vontades de fato. Dependemos desses bots cada vez mais e, a despeito de todos os melhores conselhos, seria bem bom nos dispormos a não legar o pensamento crítico ao reducionismo de nossas versões ciborgues.

As novidades anunciadas pelo Google dão conta, por exemplo, de que o Search Labs (SGE), em breve, deve estar disponível para mais de 180 países. Por ora, somente nos Estados Unidos e ainda com lista de espera para testes. "Uma busca supercarregada" seria a tradução livre do novo recurso. Você consegue imaginar o que vai acontecer com as perguntas que você faz ao Google quando respondidas em tempo real por 8 bilhões de humanos e outros bilhões de I.A.'s?

Os demais recursos como tradutor simultâneo e universal, gerador de imagens e textos, editor de imagens e textos, performance de nuvem ampliada e muitos etc já estão na base de lançamento para a conquistas de outros planetas. O ecossistema Android, por exemplo, será revolucionado em instantes, pode apostar. A Apple que se cuide e rápido. E que repense algumas estratégias para concorrer com o Google Pixel 8 - novo smartphone da Google - e o Pixel Tablet da Google. Samsung e Amazon, atenção também, caras.

Fato é que, perante a tantas inovações, ferramentas e dispositivos, teremos uns aprimorando as buscas dos outros e I.A.'s enviesando quase tudo... E aprimorando as buscas uns dos outros e das próprias I.A.'s... Muito em breve. Não vai dar tempo, Bard! Melhor a gente perguntar os próximos passos ao Chat GPT e trabalhar em equipe (ou não)...

 

 

USE COM RESPONSABILIDADE, BEBA COM MODERAÇÃO

Uma das grandes frases da Google I/O 2023, conferência anual de desenvolvedores da empresa, realizada há pouco, na Califórnia/EUA, diz respeito à responsabilização de plataformas como Google, Microsoft, Apple, Yahoo e bigtechs diversas. Se o monopólio da tecnologia está nas mãos desses caras, há que se ter consciência dos usos responsáveis das ferramentas. É preciso haver meios de verificação antes de as informações circularem: por isso, os dados pessoais dos usuários estão cada vez mais em xeque - e cada input importa.

Ora, se a possibilidade de circulação de dados e a performance das ferramentas disponíveis foi dobrada ou triplicada até aqui, como saber se rostos, notícias e comentários serão gerados de forma ética e rastreável? em termos de informação, pode-se dizer que o BIG DATA, que já era fabulosamente insaciável, parece sofrer de obesidade mórbida e não estar nem um pouco preocupado com o excesso de "gordura"... Dá para aprender, ensinar, criar, estudar, resolver casos clínicos e jurídicos em instantes, coibir o mau uso dos dados pela identificação dos metadados, usar mais emojis e outros artifícios para a comunicação... Dá para fazer tanta coisa com as I.A.'s cada vez mais personalizadas... É encantador e assustador ao mesmo tempo. Não tem volta.

 

 

Mas o que é o Bard, afinal? Lançado oficialmente hoje, na Califórnia, o modelo conta com suporte para mais de 20 linguagens de programação. Trata-se da inteligência artificial do Google que oferece uma experiência mais amigável para quem trabalha com códigos e permite exportar os feitos em Python.


É um gerador de dados. Um gerador de tudo. Um gerador de um novo mundo. Textos, fotos, vídeos, buscas... Para se ter uma ideia, o Adobe Firefly funcionará dentro do chatbot com I.A. para enviar imagens geradas por I.A.'s.

Para os comunicadores, há muito a ponderar. Mas, em síntese, entendo que teremos de nos reinventar rapidamente e ensinar as máquinas a pensar... Viveremos em um mundo híbrido para sempre, atrelados à sensação de não sabermos mais distinguir entre o virtual e o real, o fato e o fake. 

A ver... Temos #MotivosParaDialogar... 

 

Quer testar o Bard? Aqui: Meet Bard (google.com)

 

 

 

 

 

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