Quanto tempo, em média, você passa, por dia, dentro da cozinha? Cozinhando, mesmo. O que quer que seja - e  ninguém está aqui para julgar seu gosto.  

Criamos esse exercício em 2018.  Em 2020, o mundo foi tomado por uma pandemia: ficamos em casa, com mais tempo disponível. Podemos  e devemos cozinhar - como fazíamos antigamente. Este é um excelente momento de revisar os hábitos, de ponderar sobre o que significa alimento. De nos reconectarmos ao que entendemos por "planeta". E de promovermos o desenvolvimento sustentável. Se seu nome é umbigo, peço desculpas pelo incômodo. Se não (e creio que não!), divirta-se, compartilhe o resultado e, sobretudo, pense. 

{ O  que queremos, neste post, é tirá-lo para dançar. E temos até um link secreto para isso... }

(Post checado em 02 de março de 2021.)

Às vezes, uma refeição de três minutos, com uma forcinha mágica de microondas, vira Eureka! para um micromomento. Noutras, recorrer ao fast-food para encontrar algo pronto para levar (e terminar de preparar em casa) faz muito sentido. Por sorte, raramente para a maioria, os ingredientes comprados num raio de até 100 Km, orgânicos e sazonais estão à disposição e você sabe o que fazer com tudo aquilo. Noutras, o temor pelo futuro fez com que o cancioneiro de proteínas se restringuisse um pouco mais e, nem de longe, você quer ser fisgado pela decisão imponderada de agora anos adiante.

Mas, convenhamos, se cozinhar é o que nos torna humanos, por que delegar a terceiros o preparo da maior parte das refeições? Se, nos Estados Unidos, a média de tempo investido no ato de cozinhar - o que envolve a decisão sobre o menu, higienização e preparo, efetivo, da comida - beira os 27 minutos, quanto será que gastam os brasileiros? A métrica dos EUA aparece em Cozinhar - Uma História Natural de Transformação (2014), livro que tornou o trabalho do jornalista Michael Pollan bastante popular por aqui. Se cozinhar nos tornou humanos, como deixar de cozinhar (e compartilhar o que cozinhamos) nos afeta - e afeta a noção de comensalidade?

 

MEME PARA DIALOGAR
 

Pensando nessa e noutras pensatas, e em muito do que já escrevemos ao ponderar que a gastronomia pode saciar o futuro, que é preciso rastrear o gosto, que a comunicação 4.0 pode ser muito comestível, que vivemos em época de BIG DATA e pouca relevância, montamos uma proposta ousada e, ao mesmo tempo, doce!

 

O que a gente quer é que você vá para a cozinha e prepare uma refeição com o que tem disponível em casa. 

 

Que pondere sobre combinações razoáveis, proporções e utensílios/ gadgets. Que entenda o que significa desperdício e considere bastante inteligente dedidir o que comprar com ajuda das informações disponíveis. Que pondere sobre os não-ditos e passe a demandar o que falta. Que entenda as razões pelos quais a comida (invisível) não aparece no prato de quase um bilhão de famintos num contexto em que há excesso de produção. 

Desde 2010,  procuramos enxergar os contornos e os gostos e as cores e os gestos do comer do futuro. Agora, propomos um jogo de imitação para saber mais sobre a sua relação com o alimento.

 

Vamos cozinhar?

 

 

DA TELA PARA A PANELA

Em 2017, soubemos que o brasileiro gastou 150 horas em frente a TV, por mês. Isso é quase metade do tempo que dedicara às redes sociais e a vida que cabe on-line e off-line, na palma da mão: 276 horas, de acordo com projeção da agência We Are Social. 

Já a pesquisa da Kantar Ibope, empresa de monitoramento e planejamento de mídia aponta que a população consumiu, em média, 6h23 de conteúdos de TV, em 2017. É tempo pacas.

Você acredita nos 15/ 30 minutos e pronto? Saia da tela. Cozinhe!

 

LEIA ATENTAMENTE àS REGRAS ABAIXO!

Ao final do processo, faça um post para o Instagram explicando a sua receita de hoje e, se quiser, detalhe as escolhas. Não precisa ser textão. Marque as hashtags #MemeParaDialogar #MotivosParaDialogar #DialogosComestiveis no post, por favor. Também seria legal convocar outras duas ou três pessoas para fazerem o mesmo que você fez. Sabe por que? Cozinhar é semear amanhãs. Nos vemos em breve. Até. Érica Araium, Diálogos Comestíveis. 
 

LINK SECRETO PARA O JOGO NO FINAL DESTE POST!

 

 

TEXTO, ROTEIRO ORIGINAL, MONTAGEM, EDIÇÃO E VOZ: Érica Araium. Saiba mais em: www.dialogoscomestiveis.com.br
FOTOGRAFIA: Henrique Grandi para Diálogos Comestíveis
MÚSICA: Backed Vibes Clean, do álbum Jazz Sampler, de Kevin MacLeod (Creative Commons Attribution License).
LINK SECRETO para o jogo: CLIQUE AQUI 
DOWLOAD DISPONÍVEL: files/MEME-PARA-DIALOGAR-INFOGRFICO-DC.pdf