Sirva uma taça e deguste a croata Ilha de Hvar
Sirva uma taça e deguste a croata Ilha de Hvar
Érica Araium
Idealizadora de Diálogos Comestíveis, estrategista de branding, marketing e comunicação. Jornalista. Palestrante. Ávida por #MotivosParaDialogar.
Érica Araium
Idealizadora de Diálogos Comestíveis, estrategista de branding, marketing e comunicação. Jornalista. Palestrante. Ávida por #MotivosParaDialogar.
Diálogos Mundo Afora nº4 - A Croácia é a queridinha dos europeus já faz algum tempo. Mas, após servir de locação às filmagens de Game of Thrones, passou a ser mundialmente conhecida. Não é à toa que os números do turismo só crescem por lá: em 2017, houve um aumento de 13% no fluxo de turistas em relação a 2016: 18,5 milhões de visitantes passaram pelo país, recorde! Separada da Itália pelo Mar Adriático, o país surpreende de Norte a Sul, e vai muito além da capital Zagreb e de Dubrovnik, com incríveis muralhas do século X. Por Lélia Rezende, Mundo Afora Viagens.
Harmoniza bem com esta faixa da playlist de Diálogos Comestíveis:
Confesso que não sou uma turista “praiana”. Mas... Para a minha surpresa, foi justamente a costa croata que mais me conquistou em todo o mundo. Caí de amores pela Ilha de Hvar, localizada ao sul. Ela tem ares de Itália e de Grécia: um mar que consegue ser verde e azul ao mesmo tempo, ruelas coloridas pelas primaveras e uma culinária que conta com certa influência mediterrânea de deixar saudade. E os campos de lavanda? Hvar é conhecida pela badalação e festivais de verão, que acontecem entre julho e agosto (altíssima temporada). Para quem quer sossego, restam a primavera (ah, os campos de lavanda; ah, os casais apaixonados) e o outono.
Mesmo não havendo voos diretos a partir do Brasil, chegar até a Croácia é bem tranquilo, pois várias companhias voam até Zagreb, Split e Dubrovnik, onde estão os principais aeroportos. A passagem saindo de São Paulo custa em torno de US$ 1.100. Lembrando que o acesso mais fácil até Hvar é via Split. A viagem em um confortável catamarã, com ar-condicionado e cafeteria, dura aproximadamente 1 hora e custa na faixa de US$ 10.
E por falar em saudade... Uma das grandes atrações do país é a culinária. O norte revela as influências germânica, austríaca e húngara. O Sul, a inspiração romana, de pratos mais simples, preparados com um bom azeite local, muito alho e ervas. Por lá, destaque aos peixes e frutos do mar fresquinhos e os embutidos (o “parma" deles, chamado de prsut, não perde nada para os italianos).
Ainda posso sentir o sabor do polvo grelhado que experimentei durante o meu primeiro almoço na ilha, em julho de 2017. Além de a comida ser deliciosa, os preços são acessíveis. Uma boa refeição custa em torno de US$ 20 por pessoa, incluindo a entrada e o vinho.
E para quem aprecia vinhos de qualidade, a produção croata vem se destacando mundo afora e, mais uma vez, eles devem agradecer aos romanos pela proeza, pois eles foram os grandes responsáveis pelo ensino e expansão. Ao Norte, sobressaem os brancos. Ao Sul, os tintos.
Linda de se ver, perfumada e apetitosa, essa é a Croácia, uma descoberta pra lá de deliciosa!
tim-tim Diálogos Comestíveis
Zagreb, a capital croata, fica a cinco horas de Budapeste, na Hungria. O que faria? Visitaria Praga (República Checa), Budapeste e Zagreb (capital da Croácia) sem pestanejar, num mesmo roteiro. De repente, esticaria as pernas até Trogir, onde andam pulsando nomes fresquinhos das caçarolas croatas. Por fim, faria as malas para Riga, também no Leste Europeu, para, enfim, ficar uns 40 dias às voltas com as história dos Araium - Mundo Afora Viagens, prepara o roteiro, please!
Só que pensaria apenas e tão somente em vinhos para definir os locais de visitação. Além de surpreendentes, como já destacou algumas vezes o querido sommelier Diego Arrebola, têm ótimo custo benefício! Só de pensar que há cerca de 300 uvas autóctones por lá, já sinto sede.
Caso da "tinta Plavac Mali e da branca Posip, ambas da região de Peljesac. E da Crljenak Kaštelanski, uva tinta mais conhecida como Primitivo, ou Krk, pequena ilha produtora de vinhos no litoral croata são outros exemplos.
Algumas vinícolas remontam há 2.500 anos e aos gregos que passaram pela região da Dalmácia, que engloba a ilha de Hvar, como pontua Lélia em seu texto. Pois é. impossível dissociar a história da Croácia aos hábitos culinários adquiridos pelo povo, ao longo dos anos. Assim, há influências ortodoxas, católicas e islâmicas; turcas e romanas. Aliás, lembrou da Turquia? Olha esse texto sobre o destino!
Sobre o comer, lembrei ainda de um texto que li uns anos atrás... Guia de viagem de voo, sabe? Talvez sejam essas as publicações mais legais, sempre, para quem viaja com propósito epicurista. Bem, a reportagem trazia o brudet como sugestão de prato típico. À base de peixe e arroz, o cozido é meio que solução para qualquer hora do dia. Tampouco poderia esquecer que há uma versão muito parecida com a do strudel alemão, chamado de strudla, na Croácia. Tinha até uma foto bonita do doce, no alto da página...
O goulash, guisado à base de carne muito comum na Alemanha, preparado com vinho, seja, talvez, um dos pratos croatas mais comuns e sabidos. E, além do prsut , que apareceu aqui, acima, gostaria pacas de provar do krvavice, um chouriço feito de sangue de porco e arroz. Eu ouvi arroz?
Ah! O primeiro restaurante croata a receber uma estrela Michelin foi o Monte, na didade de Rovinj, em 2017. Se as premiações gastronômicas funcionam como pretexto à visitação, pronto: temos uma!
Se quiser outras dicas de roteiro, escreva para a gente!
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