Vidas Flutuantes na Amazônia

Não há Amazônia, esse produto que o mundo lê "pulmão do mundo". Há Brasil. E há brasis. Alguns, se navegam. Outros, vão para o mar. Continente adentro ainda, milhares de quilômetros sobre rodas, esburacam-se Estados, gentes, forasteiros. Pessoas. E quantas pessoas fazem a gente. Duvida? Leia esta reportagem para saber mais e assista a este vídeo clicando aqui. yes

Em julho, no início da vazante, a Floresta Amazônica nos mostrava as realidades flutuantes do Rio Negro, no Amazonas. Generosa, a índia Martequi, dos Ticuna - e tantos outros representantes de etnias e ribeirinhos e pesquisadores -, nos revelava o que é, de fato, a relação entre o homem e a natureza.

"E o rio cheio, me perguntaram, como é? É uma beleza. Livramento se torna uma fonte de renda boa", pondera. De repente, é tempo de gente subindo no barco para ir embora. Turistas dizendo até breve. É o olá dos igarapés, que desafiam o juízo dos barqueiros. "É muito sacrificoso quando o rio está seco", resume, sábia. É tempo de fingir ter paciência.

Conjugamos, ao lado de 48 pesquisadores de instituições de ensino de todo o país, a "sustentabilidade", em poucos cinco dias, acocorados em redes, vivendo em um barco, que chamamos casa. Foram mais de 130 GB captados. Uns 4 mil cliques. E não conhecemos nem 0,1% do que, realmente é, aquele universo. 


Praia do Tupé - RDS do Tupé, Amazonas
Praia do Tupé - RDS do Tupé, no Amazonas: banhada pelo Rio Negro. Fotos: Érica Araium



Já dividimos em um post, em julho ainda, um pouco do que nosso olhar fisgou pela Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé - boa parte das cenas foi registrada na comunidade de Nossa Senhora do Livramento, a cerca de 10 Km da zona urbana de Manaus. Outras cenas foram captadas na capital manauara - o Encontro das Águas, lá pela beirada do Solimões, inclusive. 

Mais um punhado de #MotivosParaDialogar sobre culturas, a ancestralidade e as ambiências? Neste vídeo, que nem ousamos chamar de documentário - mas de modesta videorreportagem - um pouco de como foi a expedição do Projeto Biotupé de 2017. 

 

Grupo de pesquisadores do Projeto Biotupé (AM) 2017
Grupo de pesquisadores do Projeto Biotupé (AM) 2017. Fotos: Érica Araium

 

O PROJETO BIOTUPÉ

É bom que se diga: trata-se de um grupo multidisciplinar e multinstitucional de pesquisa de longo prazo, idealizado, em 2001, pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O objetivo geral é “o estudo do meio físico, da diversidade biológica e sociocultural da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé". Além do Livramento, Julião, Colônia Central, Tatu, São João do Lago do Tupé e Agrovila compõem a RDS.

Ah. A comunidade de Nossa Senhora do Livramento não tinha luz até pouco tempo atrás. Ainda que vigore à margem esquerda do baixo Rio Negro, no igarapé do Tarumã–Mirim, desde 1973. São 587 os moradores de lá, hoje. Boa parte descendente de uma das 13 etnias indígenas que resistem e ponderam sobre a importância de seus legados.

Esses e os caboclos e os ribeirinhos, por vezes, seguem à margem da urbanidade da capital amazonense, distante cerca de 10 km dali, e só "chegável" de barco, de voadeira, de canoa ou qualquer coisa flutuante. Só de barco se chega. A viagem leva cerca de 1h, 1h30, se tanto. Foram muitos os descobrimentos. E os desdobramentos.

Sobre as águas, vimos espelho. Reflexo daquilo que nos horizontaliza: a brasilidade.

Em tempo: todo o material coletado, jornalísticamente, foi fruto de um trabalho voluntário. Todas as imagens e todas as sonoras captadas são de Érica Araium/ Diálogos Comestíveis, marca registrada. O uso indevido e sem autorização expressa do autor de textos e imagens é desaconselhado. 


 

Érica Araium, de Diálogos Comestíveis, na Amazônia

Érica Araium, de Diálogos Comestíveis, na Amazônia

 

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